Arte
conceitual
.
A Arte conceptual (ou arte conceitual), define-se como o
movimento artístico da atualidade que defende a superioridade das idéias
veiculadas pela obra de arte, deixando os meios usados para a criar em lugar
secundário. O artista Sol
LeWitt definiu-a como:
Em arte conceptual, a idéia ou conceito é o
aspecto mais importante da obra. Significa que todo o planejamento e decisões
são tomadas antecipadamente, sendo a execução um assunto secundário. A ideia
torna-se na máquina que origina a arte.
Wolf
Vostell definiu-a como: A arte é vida,
vida é arte, 1961.
Esta perspectiva artística teve os seus inícios em meados da década
de 1960, parcialmente em reação ao formalismo, sendo depois sistematizada pelo crítico nova-iorquino Clement
Greenberg. Contudo, já a obra do artista francês Marcel
Duchamp, nas décadas de 1950 tinha prenunciado o movimento conceitualista, ao propor vários exemplos
de trabalhos que se tornariam o protótipo das obras conceptuais, como os readymades, ao desafiar qualquer tipo de categorização, colocando-se mesmo a
questão de não serem objetos artísticos.
A arte conceitual recorre frequentemente ao uso de fotografias, mapas e textos escritos (como definições de dicionário). Em alguns casos, como no de Sol Lewitt, Yoko Ono e Lawrence Weiner, reduz-se a
um conjunto de instruções escritas que descrevem a obra, sem que esta se
realize de fato, dando ênfase à ideia no lugar do artefato. Alguns artistas
tentam, também, desta forma, mostrar a sua recusa em produzir objectos de luxo
- função geralmente ligada à ideia tradicional de arte - como os que podemos
ver em museus.
O movimento estendeu-se, aproximadamente, de 1967 a 1978. Foi muito
influente, contudo, na obra de artistas subsequentes, como no caso de Mike Kelley ou Tracy Emin que são por vezes referidos
como conceptualistas da segunda ou terceira geração, ou pós-conceptualistas.
PRINCIPAIS ARTISTAS
- Joseph
Beuys
- John
Cage
- Nam
June Paik
- Wolf
Vostell
- Yoko
Ono
- Charlotte Moorman
- Sol LeWitt
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Minimalismo
Outros Nomes
ABC Art;
Arte Elementar; Arte Estruturalista; Arte Modular; Arte Redutiva; Arte Serial;
Escultura Gestáltica; Estruturas Primárias; Minimal Art
Definição
O minimalismo se refere a uma tendência das artes visuais que ocorre no fim dos anos 1950 e início dos 1960 em Nova York, alçada a principal centro artístico com o expressionismo abstrato de Jackson Pollock (1912 - 1956) e Willem de Kooning (1904 - 1997). A efervescência cultural dos anos 1960 nos Estados Unidos pode ser aferida pelos diversos movimentos de contracultura e pela convivência de expressões artísticas díspares - da arte pop, celebrizada por Andy Warhol (1928 - 1987), às performances do Fluxus, cada qual exercitando um temperamento crítico particular. O minimalismo aparece nesse cenário com dicção própria, na contramão da exuberância romântica do expressionismo abstrato. Tributária de uma vertente da arte abstrata norte-americana que remonta a Ad Reinhardt (1913 - 1967), Jasper Johns (1930) e Frank Stella (1936), a minimal art enfatiza formas elementares, em geral de corte geométrico, que recusam acentos ilusionistas e metafóricos. O objeto de arte, preferencialmente localizado no terreno ambíguo entre pintura e escultura, não esconde conteúdos intrínsecos ou sentidos outros. Sua verdade está na realidade física com que se expõe aos olhos do observador - cujo ponto de vista é fundamental para a apreensão da obra -, despida de efeitos decorativos e/ou expressivos. Os trabalhos de arte, nessa concepção, são simplesmente objetos materiais e não veículos portadores de idéias ou emoções. Um vocabulário construído de ideias como despojamento, simplicidade e neutralidade, manejado com o auxílio de materiais industriais - vidro, aço, acrílico etc. -, é o núcleo do programa da minimal art.
A noção é
efetivamente incorporada às artes visuais em 1966, quando R. Wollheim se refere
à produção artística dos anos 1960 como concebida com base em "conteúdos
mínimos", sem discriminar linhas e tendências, o que é feito pela crítica
posterior, que permiti localizar inflexões distintas no interior do
minimalismo. O suprematismo de Kazimir Malevich (1878 -
1935), o construtivismo abstrato e o De Stijl [O Estilo] de Piet Mondrian
(1872 - 1944) são atualizados sobretudo por Donald Judd (1928), Ronald Bladen
(1918 - 1988) e Tony Smith (1912 - 1980) em trabalhos abstratos de cunho
geométrico, que dialogam de perto com a estética industrial, na forma e
materiais empregados. Nos volumes abertos de Judd, do início dos anos 1960, por
exemplo, o artista revela estruturas e materiais. Nas formas seriadas e
modulares trabalhadas em meados da década - em que coloca "uma coisa atrás
da outra", uma formulação de Judd que se torna célebre -, explora padrões
e regularidades, matematicamente calculadas. As lâminas de aço de Smith operam,
ora com o sentido de totalidade e inteireza, como por exemplo na peça de aço
intitulada Die, 1962, ora com módulos e recortes geométricos, como
em Amaryllis, 1965.
Os ready-mades de Marcel Duchamp (1887 - 1968)
e as esculturas de Constantin Brancusi (1876 - 1957) aparecem como referências
primeiras de outra linhagem de trabalhos, à qual se ligam os nomes de Carl
Andre (1935), Dan Flavin (1933 - 1996) e Robert Morris (1931), que põem em
xeque as distinções arte/não-arte, denunciando a institucionalização dos
objetos artísticos. As toras de madeira montadas em zigue-zague de Andre, por
exemplo, Cedar Piece [Peça de Cedro], de 1959, remetem a Brancusi e
sobretudo à célebre Endless Column [Coluna Infinita]. Nela, ou nas placas
retangulares dispostas ao rés-do-chão que ele explora em mais de um trabalho,
chamam a atenção a recusa da metáfora, da sedução decorativa ou de um conteúdo
a ser decifrado. As obras de R. Morris caminham em direção semelhante: a
escultura deixa o pedestal e se fixa no espaço real do mundo. A ênfase passa a
ser na percepção, pensada como experiência ou atividade que ajuda a produzir a
realidade descoberta. O trabalho de arte, nessa perspectiva, é definido como o
resultado de relações entre espaço, tempo, luz e campo de visão do observador.
Os trabalhos de Flavin - suas "propostas", como ele as define -
interpelam o espaço de modo mais radical: a luz é difundida no espaço
circundante, ocupando-o, cortando-o. Nesse sentido, o espaço está diretamente
implicado no trabalho, é mais do que pano de fundo. Os tubos fluorescentes, que
ele combina tamanhos, formatos, cores e intensidade de luz, criam uma ambiência
arquitetônica particular, que ele denomina "decoração dramática".
Sol
LeWitt (1928 - 2007) e suas wall drawings [desenhos de parede] aparece entre os principais
representantes da minimal art, pois ainda que os críticos não hesitem em apontar
sua posição particular no movimento, pois suas obras parecem se dirigir
preferencialmente à chamada arte conceitual. As obras de James Turrell
(1941), Ellsworth Kelly (1923), Eva Hesse (1936 - 1970), Bruce Nauman e Richard
Serra (1939) apresentam soluções diversas com base na pauta definida pelo
minimalismo nos Estados Unidos. Em outra direção, as experiências da earthwork, de Robert Smithson (1938 -
1973) e Walter de Maria (1935), podem ser consideradas suas herdeiras diretas.
Os trabalhos de Frederick Lane Sandback (1943) - suas linhas e barbantes que
definem limites e aberturas no espaço - atestam a vitalidade de uma geração
recente de minimalistas. Apesar de enraízada nos Estados Unidos, a minimal
art
reverbera na Europa, em obras como as de Joseph Beuys (1912 - 1986), Yves Klein
(1928 - 1962), Anthony Caro (1924), entre outros.
No
Brasil, obras de Donald Judd e Frank Stella estão presentes na 8ª Bienal
Internacional de São Paulo (1965). Da produção nacional, destacam-se os nomes
de Carlos Fajardo (1941) e Ana Maria Tavares (1958- ) ambos distantes de um
minimalismo mais canônico. Alguns trabalhos de Fábio Miguez (1962) e Carlito Carvalhosa(1961), assim como as obras de Cássio Michalany (1949), apresentam evidentes afinidades
com o programa minimalista.
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Op art
Op art é um termo usado para
descrever a arte que explora a falibilidade do olho e pelo uso
de ilusões
ópticas.
A expressão "op-art" vem do inglês (optical art) e significa
“arte óptica”. Defendia para arte "menos expressão e mais
visualização". Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo
mutável e instável, que não se mantém nunca o mesmo.
Richard Anuszkiewicz: Templo do amarelo radiante
Os trabalhos de op art são em geral abstratos, e muitas das peças mais conhecidas usam apenas o preto e o branco.
Quando são observados, dão a impressão de movimento, clarões ou vibração, ou
por vezes parecem inchar ou deformar-se.
Apesar de ter ganho força na metade da década
de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento. Ela não
tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art; em comparação, parece excessivamente cerebral e sistemática, mais
próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas
possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia.
O termo surgiu pela primeira vez na Time
Magazine em Outubro de 1964, embora já se produzissem há alguns anos trabalhos que hoje podem ser
descritos como "op art". Sugeriu-se que trabalhos de Victor
Vasarely, dos anos 30, tais como Zebra (1938), que é
inteiramente composto por listas diagonais a preto e branco, curvadas de tal
modo que dão a impressão tridimensional de uma zebra sentada, devem
ser consideradas as primeiras obras de op art.
Em 1965, uma exposição chamada The
Responsive Eye (O Olho que Responde), composta inteiramente por
trabalhos de op art, abriu em Nova
Iorque. Esta exposição fez muito para trazer a op art à ribalta, e muitos dos
artistas hoje considerados importantes no estilo exibiram lá trabalhos seus. Em
seguida, a op art tornou-se tremendamente popular, e foram usadas imagens de op
art em vários contextos comerciais. Bridget
Riley tentou processar uma empresa americana, sem sucesso, por usar um dos
seus quadros como base para um padrão de tecido.
Bridget Riley é talvez a mais conhecida dos artistas de op art.
Inspirando-se em Vasarely, pintou uma série de quadros só com linhas pretas e
brancas. No entanto, em vez de dar a impressão de um objecto do mundo real, os
seus quadros deixavam frequentemente a impressão de movimento ou cor.
Mais tarde, Riley produziu trabalhos coloridos, e outros artistas de op
art também trabalharam com cor, embora estes trabalhos tendam a ser menos
conhecidos. Contrastes violentos de cor são por vezes usados para produzir
ilusões de movimento similares às obtidas a preto e branco.
POP ART
Em
consequência da Segunda Guerra Mundial, o "centro de gravidade" da
arte ocidental mudou-se da Europa para a América do Norte, que acolheu com
entusiasmo as idéias vanguardistas. Por abrigar o trabalho de alguns dos
principais criadores da segunda metade do século XX, Nova York se equivaleu ao
que era Paris no século XIX e no início do século XX.
Entre os
anos de 1950 e 1960, as tendências mais significativas foram o Expressionismo
Abstrato e a Pop Art, que apresentavam elementos europeus, mas encontraram na
América sua genuína expressão.
Pop Art é o
nome que se deu à tendência artística que usa objetos e assuntos comuns como
latas, sanduíches, tiras de história em quadrinhos, anúncios, embalagens, cenas
de TV, como fontes de inspiração e que foram fisicamente incorporados ao
trabalho. Eles se utilizam de novos materiais, misturando fotografia, pintura,
colagem, escultura, assemblage ( colagem em 3 dimensões ). Colagens e
repetições de imagens em série são características das obras e os temas são os
símbolos e os produtos industriais dirigidos às massas urbanas: tampinhas de
garrafa, pregos, automóveis, enlatados, os ídolos de cinema e da música,
produtos descartáveis, fast food.
Esse
movimento surgiu na Inglaterra, por volta dos anos 50, mas realizou todo o seu
potencial na Nova York dos anos 60, quando dividiu com o minimalismo as
atenções do mundo artístico.
Pop Art é
uma abreviação do termo inglês "popular art "( arte popular ). Não significa arte
feita pelo povo, mas produzida para o consumo de massa.
A fonte da
criação para os artistas ligados a esse movimento era o dia-a-dia das grandes
cidades norte-americanas. Com o objetivo da crítica irônica ao bombardeamento da sociedade
capitalista pelos objetos de consumo da época, ela operava com signos estéticos
de cores inusitadas massificados pela publicidade e pelo consumo, usando como
materiais principais: gesso, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com
cores intensas, fluorescentes, brilhantes e vibrantes.
Os recursos
expressivos da pop-art são semelhantes aos dos meios de comunicação de massa,
como o cinema, a publicidade, a TV e desenhos em quadrinhos.
Um exemplo
bastante ilustrativo é o trabalho feito por Andy Warhol (1930-1987), que
realizou, a partir de uma fotografia de Marilyn Monroe, uma seqüência de
imagens dela que, apesar das alterações nas cores, permanecem invariáveis.
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Diz-se que a Pop art é o marco de passagem da
modernidade para a pós-modernidade na cultura ocidental.