EGITO
No Antigo Egito, a arte estava diretamente ligada a questões
religiosas, por isso era bastante padronizada e não valorizava o aprimoramento
técnico ou o desenvolvimento de um estilo autoral, ou seja, a criatividade era
limitada para que a obra tenha um perfeito domínio das técnicas e não do estilo
do artista.
Os
egípcios não representavam as partes do corpo humano com base na sua posição
real, mas sim levando em consideração a posição de onde melhor se observasse
cada uma das partes, isto é, as figuras
humanas representavam a aparência ideal dos seres e dos reis, como, por exemplo, o rosto e pés eram
pintados de perfil, que é a posição em que eles mais se destacavam, já os
olhos, braços e tronco são mostrados de frente,
essa concepção é conhecida como Lei da Frontalidade. Essa estética manteve-se até meados do
império novo, manifestando-se depois a preferência pela representação frontal.
A
pirâmide foi criada durante a dinastia III, pelo arquiteto Imhotep. No início
as tumbas egípcias tinham a forma de pequenas caixas e eram feitas de barro,
recebendo o nome de mastabas (banco). Imhotep teve a ideia de colocar uma mastaba
sobre a outra, dando-lhes a forma de pirâmide.
As
construções de tumbas, estatuetas, vasos e mastabas representavam a crença dos
egípcios na vida após a morte. As tumbas eram construídas de acordo com seu
status social, ou seja, pessoas de alto prestígio tinham suas tumbas
construídas de acordo com sua residência, enquanto pessoas de menor prestígio
eram enterradas em construções mais simples.
Os egípcios ao
esculpir e pintar tinham o propósito de relatar os acontecimentos de sua época,
as histórias dos Faraós, deuses e do seu povo em menor escala. O tamanho das
pessoas e objetos caracterizavam a importância do objeto, o poder e o nível
social. Eles acreditavam que a escultura de um faraó ou um nobre era o substituto físico da morte, sua cópia em
caso de decomposição do corpo mumificado. Com o passar do tempo, a escultura acabou
se estilizando.
Já a
estatuária monumental de templos e palácios surgiu a partir da Dinastia XVIII,
como parte da nova arquitetura imperial.
As formas foram se complicando e passaram do realismo ideal para o
amaneiramento completo, ou seja, as pinturas e esculturas deixaram de ser algo
que eles idealizavam e passou a ser mais realista, a representar o homem como
ele é. A grande influência da Grécia revelou-se na pureza das formas e no
aperfeiçoamento das técnicas.
A
pintura egípcia teve seu apogeu durante o Novo Império (1580 – 1085 a.C.), uma
das etapas históricas mais brilhantes dessa cultura. Entretanto, devido à grande
influencia religiosa, os princípios relacionados à pintura evoluíram muito pouco
de um período para outro, mantendo-se sempre dentro do mesmo naturalismo
original. Os temas eram normalmente representações da vida cotidiana e de
batalhas, quando não de lendas religiosas ou de motivos de natureza
escatológica.
Ao fim do Império,
a civilização egípcia foi alvo de sucessivas invasões estrangeiras. Com isso, desestabilizou
a presença de uma arte típica desse povo.
ARQUITETURA:
Características gerais:
- Solidez e durabilidade;
- Sentimento de eternidade;
- Aspecto misterioso e impenetrável.
As pirâmides tinham base quadrangular e
eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros
de largura, além de serem lapidadas. O interior das pirâmides era um labirinto
que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus
pertences.
Os templos mais significativos são:
Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.
Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Divididos em três
categorias:
Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó.
Mastaba - túmulo para a nobreza.
Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.
Mastaba - túmulo para a nobreza.
Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.
ESCULTURA:
Os escultores egípcios representavam os
faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar
nenhuma emoção. Exageravam nas proporções do corpo humano, dando às figuras
representadas uma impressão de força e de majestade. Pretendiam, assim, traduzir,
na pedra, uma ilusão de imortalidade.
PINTURA:
Características gerais:
- Ausência de três dimensões;
- Ignorância da profundidade;
- Colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo.
- Ausência de três dimensões;
- Ignorância da profundidade;
- Colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo.
Quanto à hierarquia na pintura: eram
representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta
ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo.
As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas
de vermelho.
Os egípcios escreviam usando desenhos,
não utilizavam letras como nós.
Desenvolveram três formas de escrita:
1 – HIERÓGLIFOS - Considerados a escrita
sagrada;
2 – HIERÁTICA - Uma escrita mais simples,
utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes;
3 – DEMÓTICA - A escrita popular.
OBRAS:
Pirâmide de
Sacara
Nome do artista:
Imhotep
Título da obra:
Pirâmide de Djoser ( Sakkara)
Ano (data da obra):
Durante o século XXVII a.C.
Dimensão (tamanho):
Composta
por seis mastabas (de dimensões decrescentes, de baixo para cima) construídas
uma sobre a outra. Nota-se que o projeto original sofreu revisões e adaptações
à medida que a construção evoluía. Originalmente, a pirâmide alcançava 62 m,
com uma base de 109 m x 125 m, e era revestida por pedra calcária branca
polida. A pirâmide de degraus (ou proto-pirâmide) é vista como a mais antiga
construção monumental em pedra do mundo.
Coleção à que pertence (onde está):
Na necrópole de Saqqara, a nordeste da
cidade de Mênfis.
Busto da
Rainha Nefertiti
Nome do artista:
Escultor Tutmés.
Título da obra:
Busto da Nefertiti.
Ano (data da obra):
Em 1345 a.C.
Dimensão (tamanho):
O busto de Nefertiti mede 50 cm de
altura, tratando-se de uma obra inacabada. A prova encontra-se no olho esquerdo
da escultura, que não tem a córnea incrustrada.
Coleção à que pertence (onde está):
Está em exposição no Neues Museum, em
Berlim.
Feito em calcário policromado, data do
Novo Império. Na corte de Amenófis IV (Akhenaton) a arte exibia uma tendência
ao naturalismo e à expressividade, como comprova esta peça — uma das mais
famosas da arte egípcia. A sensualidade dos traços, a geometria das formas e o
delicado ritmo do conjunto atribuem harmonia e beleza à escultura.
Palavras-chave:
Pirâmides, Pinturas, Esculturas, Arquitetura, Egito.
GRÉCIA ANTIGA
Enquanto
a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se
à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e
justos que se dedicavam ao bem-estar do povo.
A arte
grega teve, inicialmente, influencia da civilização minóica. Posteriormente,
houve uma onda de invasões de povos como os dóricos e os jônios que juntos acabaram
formando o povo grego. Essa onda de invasões teve um impacto muito grande sobre
os povos da região.
A Grécia teve
forte influencia na arte do mundo ocidental, principalmente na Europa. Os
gregos influenciaram a arte romana e outros períodos da História da Arte como o
Renascimento. A mitologia grega, suas conquistas filosóficas e científicas e
simplicidade expressiva foram legados essenciais para as épocas que se
sucederam.
A arte grega foi a
primeira expressão artística que valorizou o homem, sendo ela antropocêntrica
(o homem como o centro do universo), adota o realismo, procurando exaltar a
beleza humana, é, também, racionalista, mostrando em suas manifestações as
observações concretas dos elementos que envolvem o homem.
Na Grécia a religião tinha grande
importância e influencia em suas obras e manifestações. Acreditavam em seres
mitológicos e que os deuses tinham forma humana e possuíam virtudes e defeitos
assim como o homem. A cultura grega além de ser antropocêntrica, individualista
e racional, é, também, hedonista, ou seja, suas obras refletiam seus
sentimentos. E, assim, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte,
exprimir suas manifestações.
Na arquitetura, a
principal manifestação foram os
templos gregos, que surgiram no período arcaico. Sua estrutura externa era
composta por fileiras de colunas (haviam três tipos: dórica, jônica e coríntia)
que eram uma marca da arquitetura grega.
A escultura grega
era naturalista, realista e reproduzia figuras humanas, procurando refletir a
perfeição das formas e a beleza humana, em argila ou marfim. Ganhando, após um
tempo, dinamismo, refletido nas estátuas de atletas.
A pintura grega encontra-se na
cerâmica. Seus vasos são conhecidos pela harmonia apresentada nos desenhos,
cores e espaço utilizado para a ornamentação. As
pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da
mitologia grega. Inicialmente as figuras humanas
eram pintadas de preto e as partes não pintadas conservavam a cor original da
argila, vermelho ou laranja. Com o passar do tempo essa tendência inverteu-se.
OBRAS:
Partenon
Nome do artista:
Título da obra:
Partenon.
Ano (data da obra):
Entre 480 e 323 a.C.
Dimensão (tamanho):
Comprimento: 70 m
Largura: 32 m
Coleção à que pertence (onde está):
Atenas, Grécia
Estátua de
Zeus
Nome do artista:
Fídias
Título da obra:
Estátua de Zeus.
Ano (data da obra):
Em 440 a.C
Dimensão (tamanho):
15 metros de altura
Coleção à que pertence (onde está):
Em Olímpia
Em Olímpia
Palavras-chave:
Vasos, Pinturas, Esculturas, Arquitetura, Grécia, Naturalismo.
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