segunda-feira, 2 de abril de 2012

Egito e Grécia Antiga


EGITO

                No Antigo Egito, a arte estava diretamente ligada a questões religiosas, por isso era bastante padronizada e não valorizava o aprimoramento técnico ou o desenvolvimento de um estilo autoral, ou seja, a criatividade era limitada para que a obra tenha um perfeito domínio das técnicas e não do estilo do artista.
Os egípcios não representavam as partes do corpo humano com base na sua posição real, mas sim levando em consideração a posição de onde melhor se observasse cada uma das partes, isto é, as figuras humanas representavam a aparência ideal dos seres e dos reis, como, por exemplo, o rosto e pés eram pintados de perfil, que é a posição em que eles mais se destacavam, já os olhos, braços e tronco são mostrados de frente, essa concepção é conhecida como Lei da Frontalidade. Essa estética manteve-se até meados do império novo, manifestando-se depois a preferência pela representação frontal.
A pirâmide foi criada durante a dinastia III, pelo arquiteto Imhotep. No início as tumbas egípcias tinham a forma de pequenas caixas e eram feitas de barro, recebendo o nome de mastabas (banco). Imhotep teve a ideia de colocar uma mastaba sobre a outra, dando-lhes a forma de pirâmide.
As construções de tumbas, estatuetas, vasos e mastabas representavam a crença dos egípcios na vida após a morte. As tumbas eram construídas de acordo com seu status social, ou seja, pessoas de alto prestígio tinham suas tumbas construídas de acordo com sua residência, enquanto pessoas de menor prestígio eram enterradas em construções mais simples.
Os egípcios ao esculpir e pintar tinham o propósito de relatar os acontecimentos de sua época, as histórias dos Faraós, deuses e do seu povo em menor escala. O tamanho das pessoas e objetos caracterizavam a importância do objeto, o poder e o nível social. Eles acreditavam que a escultura de um faraó ou um nobre era o substituto físico da morte, sua cópia em caso de decomposição do corpo mumificado. Com o passar do tempo, a escultura acabou se estilizando.
Já a estatuária monumental de templos e palácios surgiu a partir da Dinastia XVIII, como parte da nova arquitetura imperial. As formas foram se complicando e passaram do realismo ideal para o amaneiramento completo, ou seja, as pinturas e esculturas deixaram de ser algo que eles idealizavam e passou a ser mais realista, a representar o homem como ele é. A grande influência da Grécia revelou-se na pureza das formas e no aperfeiçoamento das técnicas.
A pintura egípcia teve seu apogeu durante o Novo Império (1580 – 1085 a.C.), uma das etapas históricas mais brilhantes dessa cultura. Entretanto, devido à grande influencia religiosa, os princípios relacionados à pintura evoluíram muito pouco de um período para outro, mantendo-se sempre dentro do mesmo naturalismo original. Os temas eram normalmente representações da vida cotidiana e de batalhas, quando não de lendas religiosas ou de motivos de natureza escatológica.
Ao fim do Império, a civilização egípcia foi alvo de sucessivas invasões estrangeiras. Com isso, desestabilizou a presença de uma arte típica desse povo.

ARQUITETURA:
Características gerais:
Solidez e durabilidade;
Sentimento de eternidade;
Aspecto misterioso e impenetrável.
As pirâmides tinham base quadrangular e eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem lapidadas. O interior das pirâmides era um labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences.

Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.

Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Divididos em três categorias:
Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó.
Mastaba - túmulo para a nobreza.
Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.

ESCULTURA:

Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Exageravam nas proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade. Pretendiam, assim, traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade.

 

PINTURA:

Características gerais:


Ausência de três dimensões;


- Ignorância da profundidade;


Colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo.

Quanto à hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho.
Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós.

Desenvolveram três formas de escrita:

1 – HIERÓGLIFOS - Considerados a escrita sagrada;

2 – HIERÁTICA - Uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes;

3 – DEMÓTICA - A escrita popular.


OBRAS:
Pirâmide de Sacara

Nome do artista: 
Imhotep
Título da obra:
Pirâmide de Djoser ( Sakkara)
Ano (data da obra): 
Durante o século XXVII a.C.
Dimensão (tamanho): 
Composta por seis mastabas (de dimensões decrescentes, de baixo para cima) construídas uma sobre a outra. Nota-se que o projeto original sofreu revisões e adaptações à medida que a construção evoluía. Originalmente, a pirâmide alcançava 62 m, com uma base de 109 m x 125 m, e era revestida por pedra calcária branca polida. A pirâmide de degraus (ou proto-pirâmide) é vista como a mais antiga construção monumental em pedra do mundo.
Coleção à que pertence (onde está):
Na necrópole de Saqqara, a nordeste da cidade de Mênfis.


Busto da Rainha Nefertiti

Nome do artista: 
Escultor Tutmés.
Título da obra:
Busto da Nefertiti.
Ano (data da obra): 
Em 1345 a.C.
Dimensão (tamanho): 
O busto de Nefertiti mede 50 cm de altura, tratando-se de uma obra inacabada. A prova encontra-se no olho esquerdo da escultura, que não tem a córnea incrustrada.
Coleção à que pertence (onde está):
Está em exposição no Neues Museum, em Berlim.

Feito em calcário policromado, data do Novo Império. Na corte de Amenófis IV (Akhenaton) a arte exibia uma tendência ao naturalismo e à expressividade, como comprova esta peça — uma das mais famosas da arte egípcia. A sensualidade dos traços, a geometria das formas e o delicado ritmo do conjunto atribuem harmonia e beleza à escultura.


Palavras-chave: Pirâmides, Pinturas, Esculturas, Arquitetura, Egito.    



GRÉCIA ANTIGA

Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo.
A arte grega teve, inicialmente, influencia da civilização minóica. Posteriormente, houve uma onda de invasões de povos como os dóricos e os jônios que juntos acabaram formando o povo grego. Essa onda de invasões teve um impacto muito grande sobre os povos da região.
A Grécia teve forte influencia na arte do mundo ocidental, principalmente na Europa. Os gregos influenciaram a arte romana e outros períodos da História da Arte como o Renascimento. A mitologia grega, suas conquistas filosóficas e científicas e simplicidade expressiva foram legados essenciais para as épocas que se sucederam.
A arte grega foi a primeira expressão artística que valorizou o homem, sendo ela antropocêntrica (o homem como o centro do universo), adota o realismo, procurando exaltar a beleza humana, é, também, racionalista, mostrando em suas manifestações as observações concretas dos elementos que envolvem o homem.
Na Grécia a religião tinha grande importância e influencia em suas obras e manifestações. Acreditavam em seres mitológicos e que os deuses tinham forma humana e possuíam virtudes e defeitos assim como o homem. A cultura grega além de ser antropocêntrica, individualista e racional, é, também, hedonista, ou seja, suas obras refletiam seus sentimentos. E, assim, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações.
Na arquitetura, a principal manifestação foram os templos gregos, que surgiram no período arcaico. Sua estrutura externa era composta por fileiras de colunas (haviam três tipos: dórica, jônica e coríntia) que eram uma marca da arquitetura grega.
A escultura grega era naturalista, realista e reproduzia figuras humanas, procurando refletir a perfeição das formas e a beleza humana, em argila ou marfim. Ganhando, após um tempo, dinamismo, refletido nas estátuas de atletas. 
A pintura grega encontra-se na cerâmica. Seus vasos são conhecidos pela harmonia apresentada nos desenhos, cores e espaço utilizado para a ornamentação. As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega. Inicialmente as figuras humanas eram pintadas de preto e as partes não pintadas conservavam a cor original da argila, vermelho ou laranja. Com o passar do tempo essa tendência inverteu-se.


OBRAS:
Partenon

Nome do artista: 

Título da obra:
Partenon.
Ano (data da obra): 
Entre 480 e 323 a.C. 
Dimensão (tamanho): 

Comprimento:   70 m
Largura:               32 m
Coleção à que pertence (onde está):
Atenas, Grécia


Estátua de Zeus

Nome do artista: 
Fídias
Título da obra:
Estátua de Zeus.
Ano (data da obra): 
Em 440 a.C
Dimensão (tamanho): 
15 metros de altura
Coleção à que pertence (onde está):
Em Olímpia



Palavras-chave: Vasos, Pinturas, Esculturas, Arquitetura, Grécia, Naturalismo.    

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